sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Endometriose na vida da mulher

Doença pode estar associada à vida estressante e ao baixo número de filhos. Sintomas são cólicas fortes, dores durante relação sexual e infertilidade.A vida da mulher mudou radicalmente depois que ela "saiu de casa" e passou a assumir outras responsabilidades que não a de cuidar da prole. A virada de mesa feminina teve, é claro, inúmeras vantagens, mas também parece ter aumentado a incidência de um problema sério de saúde. Trata-se da endometriose, caracterizada pela presença de células do endométrio (mucosa que reveste o útero) fora do lugar, podendo ocasionar dores fortes e até infertilidade. A constatação é da Secretaria de Saúde de São Paulo, a qual, neste mês de outubro, divulgou um crescimento acentuado da incidência da doença no Estado.
De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a quantidade de diagnósticos de endometriose aumentou cerca de 65% nos últimos sete anos. Em 2000, foram registrados 1205 casos da doença e, em 2007, esse número pulou para 3429.A patologia atinge entre 10% e 15% da população feminina em idade fértil, mas os números podem não representar a verdadeira incidência de casos, já que é uma doença difícil de ser diagnosticada."As causas da endometriose não são muito bem estabelecidas e ainda não existe 100% de cura para todos os casos", disse ao G1 o ginecologista Roney Cesar Signorini Filho, chefe da equipe cirúrgica de ginecologia do Hospital Pérola Byington, referência em saúde da mulher.
Segundo o médico, o diagnóstico definitivo de endometriose só pode ser estabelecido através de procedimento cirúrgico (videolaparoscopia ou laparotomia) e o tratamento abrange a administração de anticoncepcionais orais, injetáveis, cauterização ou, em casos extremos, a retirada do ovário.O Pérola Byington atende pelo SUS uma média de 300 pacientes por mês com sintomas de endometriose (diagnóstico presuntivo) e realiza em torno de 32 cirurgias de videolaparoscopia no mesmo período. Dessas, cerca de 20 recebem o diagnóstico definitivo da doença, o que representaria a confirmação de 60% das suspeitas.
Menos filhos, mais estresseApesar de não se saber exatamente os motivos que levam ao aparecimento da doença, alguns médicos suspeitam que o estilo de vida da mulher moderna tenha influência nas causas.A necessidade de trabalhar fez com que a maternidade fosse adiada ou, até mesmo, descartada por muitas mulheres. Esse fato, associado a outros como o estresse, aumentaria a possibilidade da ocorrência do fluxo retrógrado -- quando a menstruação, ao invés de sair, volta para a cavidade abdominal.Esse "deslocamento" do fluxo menstrual provoca, na maioria dos casos, fortes dores pélvicas, intervindo na qualidade de vida da mulher.
Outros sintomas associados a endometriose incluem dor durante a relação sexual e incapacidade de engravidar. A extensão da doença, entretanto, nem sempre é proporcional à intensidade dos sintomas. "Os sintomas não são necessariamente mais fortes em pacientes com grau avançado da doença", disse Signorini, que acrescentou: "Existem pacientes que não sentem nada".
A teoria de que a vida moderna teria influência na incidência da doença tem algumas explicações. O estresse entraria como agente ao provocar alterações no sistema de defesa do organismo, deixando as pacientes mais suscetíveis à doença. E o fato da mulher ter menos filhos vem do fato de que, durante a gravidez, ela não teria a influência dos hormônios responsáveis pelo desequilíbrio, já que durante os nove meses de gestação ela não menstruaria.
Menstruação interrompida
Interromper a menstruação ainda é a melhor maneira de driblar a doença, a qual, embora não ofereça risco de morte (excluindo os riscos presentes em qualquer cirurgia), causa grande desgaste físico e psicológico às pacientes. A dona de casa Silvana Real dos Santos, de 38 anos, diz que sempre sofreu de fortes cólicas menstruais e que, há sete anos, após passar por vários médicos que não identificavam a causa das dores, descobriu que tinha endometriose severa a partir de uma videolaparoscopia realizada pelo Hospital Pérola Byington. "Foi o que me salvou", disse a paciente, mãe de uma menina de 17 anos. "Ficava estressada, nervosa e irritada por não saber o que era. Costumava ficar sete dias dolorida e não levantava nem para fazer café para as visitas. A dor não passava mesmo quando tomava Buscopan na veia", relatou. Depois que o diagnóstico foi dado, Silvana começou um tratamento que interrompe a menstruação de forma contínua e se viu livre das dores crônicas de 12 anos.
FISIOTERAPIA NO ALÍVIO DA DOR
Em casos em que a dor persiste mesmo com tratamento médico, ou se a paciente deseja interromper a medicação para engravidar, a fisioterapia pode ser uma alternativa no alívio da dor, a qual, se não controlada, constitui um potente agente causador de estresse. Através de exercícios físicos como alongamento, eletroterapia, técnicas específicas de massagem, exercícios respiratórios e relaxamento, a qualidade de vida da paciente pode ser restabelecida de forma saudável e sem contra-indicação, segundo a fisioterapeuta Karina Friggi Sebe Petrelluzzi, que abordou o assunto em sua tese de mestrado, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Unicamp realiza esse tipo de atendimento a pacientes de endometriose há alguns anos pelo serviço de fisioterapia do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), de forma bem-sucedida.Nos mesmos moldes da Unicamp, a clínica de fisioterapia da Universidade São Marcos iniciou, neste semestre, um atendimento gratuito a pacientes de endometriose em São Paulo. "A intenção do programa é basicamente melhorar a qualidade de vida dessas mulheres", explicou Petrelluzzi. Em conjunto com a fisioterapia, as pacientes também recebem auxílio psicológico de profissionais voluntários."Muitas vezes a dor não some totalmente, mas [o tratamento] muda a forma da paciente enfrentá-la. Ela passa a enxergar a doença de outra maneira", disse a fisioterapeuta, que acompanhou os atendimentos em Campinas e agora integra a equipe de São Paulo.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL153077-5603,00-RITMO%2BDE%2BVIDA%2BINFLUENCIARIA%2BINCIDENCIA%2BDE%2BENDOMETRIOSE.html

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Automassagem para as mamães!!

Olhem que coisa legal... automassagem para as mamães, um modo facil e gostoso da gestante relaxar e se conhecer...
A massagem e o auto conhecimento corporal ajudam e muito a gestante a ter uma gravidez saudavel e tranquila...
Esse link remete ao site do mais você, e fala um poquinho de como isso funciona...
Aproveitem bastante!!

http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1166340-10345,00.html

terça-feira, 26 de maio de 2009

De volta a ativa



Olá, voltei com gás total... agora sim como fisioterapeuta, e atuando na área de Saúde da Mulher, o que antes era um sonho, agora sim, é realidade!!
Vou trazer as novidades na área, as dicas, noticias, eventos, enfim, tudo que for relacionado a Saúde da Mulher...
Beijos a quem acompanha o blog!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Doulas para nós também...

Olá... No post anterior falamos sobre Doulas, hoje vou explicar um pouco mais sobre essa profissão, e como nós fisioterapeutas podemos nos inserir nela. Doula nada mais é do que uma ajudante de parto, a antiga parteira agora com formação. A Doula pode ajudar fisico e emocionalmente no trabalho de parto, e varias instutições fornecem esse curso para capacitação de uma doula. Como fisioterapeutas, podemos intervir desde o primeiro mês gestacional da futura mamãe, com métodos que vão auxiliá-la na hora do parto e também no pós-parto, na reabilitação. É importantissima essa preparação para o trabalho de parto e pós-parto, não só o preparo fisico, bem como o trabalho respiratório, emocional e dos acompanhantes, pois agora é lei a parturiente ter direito ao acompanhante: "Desde 2005, o presidente Lula sancionou a lei 11.108, que garante que todas as gestantes têm direito a acompanhantes no parto. Conforme o "GUIA DO DIREITO À SAÚDE - Sistema Público de Saúde (SUS), medicamentos e planos de saúde", publicado pelo IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor)". Fonte: Grupo de Apoio á Maternidade Ativa.
Portanto, essa é uma nova área em que a fisioterapia pode atuar ativamente na saúde da mulher, e ginecologia e obstetrica. Fica aqui a dica, para quem quer seguir essa área, e mais um video lindo de parto na água que também podemos realizar, em um proximo post falaremos mais sobre parto na agua, suas indicações, contra-indicações, onde deve ser realizado, entre outros.

Abraços.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Boas-Vindas

Olá!! Este blog foi criado com o objetivo de desvendar e difundir essa linda profissão que é a fisioterapia e terá ênfase em Saúde da Mulher, além de outras novidades na área. O que diferencia este blog dos demais, é a abordagem em fisioterapia sobre todos os aspectos de saúde, trazendo novidades, troca de ideias, bem como maravilhosas formas de atuar no campo tão vasto dessa profissão. Sejam todos bem vindos, este blog será desenvolvido com muito amor a todos aqueles que amam a vida, e as mais variadas formas de torná-la melhor e mais saudável.
Para começar vai um vídeo de parto na água realizado no Equador, simplesmente maravilhoso, que é uma nova opção também para fisioterapeutas, que por sinal é a área que pretendo seguir, em ginecologia e obstetricia. Em setembro haverá um curso de Doulas em São Paulo, em um novo post explicarei mais sobre isso. Mas fica aqui o video, lindo e emocionante. Espero que gostem.